Por Amanda Malagutti
Hoje trago uma proposta diferente: um resumo de um artigo científico sobre espaços.
Como estudo todos os dias materiais desse tipo, buscando maior embasamento para nossos projetos, achei interessante trazer aqui e divulgar mais esses materiais tão importantes para nosso trabalho. Reforço a importância de ler o artigo completo, visto que este resumo pode ter opiniões pessoais e interpretações individuais.
Com isso, iniciamos esse post com o estudo “Measurement of User Emotion and Experience in Interaction with Space” (referência bibliográfica no final do texto).
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O Design Centrado no Usuário é uma estratégia que prioriza os usuários e suas emoções e necessidades, além das funções do espaço. Nos últimos anos, com o acréscimo da dimensão da tecnologia incluído aos ambientes, existe a necessidade de revisitar conceitos e estratégias de projeto, pois existem ainda mais interações e experiências.
No estudo que apresentamos resumidamente aqui, o objetivo era ter uma métrica da emoção e experiência do usuário em diversos espaços e entender o que melhor funciona em termos de emoções. Foram usados conceitos de psicologia, ciências sociais, neurociências, tecnologia industrial e interação humano-computador (HCI - campo de estudo com foco no design de tecnologia de computadores e na interação entre humanos e computadores) para criar métricas e obter os resultados.
Não existe um padrão para medir emoções, pois as pessoas respondem de maneiras diferentes a estímulos e situações. Para viabilizar esse estudo, considerou-se as respostas Comportamentais e Experienciais, pois são mais acessíveis e práticas para medição, além de melhor se aplicarem a espaços construídos. Com isso, construiu-se um questionário onde os usuários atribuíam pontos a adjetivos e emoções, bem como, foram filmados durante a experiência dentro das edificações.
Existem duas abordagens comumente encontradas na percepção que as pessoas tem do espaço arquitetônico: uma é sobre composição visual (formas, volumes, ritmo, ordem, proporções) e a outra é sobre a percepção multidimensional (cores, cheiros, sons e texturas).
O resultado desse estudo mostrou que ambientes que causaram estímulos sensoriais geraram mais emoções do que aqueles com estímulos morfológicos (forma e visual).
Na minha opinião, usar os artifícios visuais, como cores e formas, atrai a atenção dos ocupantes e instiga a interação. Mas para uma experiência realmente marcante e significativa, usar da multisenssorialidade é essencial. Da mesma forma, projetos que usam os estímulos aos sentidos de forma demasiada, fazem o ocupante perder o foco e não registrar todas as informações. Por isso a importância de profissionais especializados para projetos responsáveis e com propósito.
Referência bibliográfica do estudo: Cho, Myung & Kim, Mi jeong. (2017). Measurement of User Emotion and Experience in Interaction with Space. Journal of Asian Architecture and Building Engineering. 16. 99-106. 10.3130/jaabe.16.99.
Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/312388713_Measurement_of_User_Emotion_and_Experience_in_Interaction_with_Space